Bruno Souza
Eu como protagonista
Nesse mês queria trazer algo que venho reparando no consultório.

Na angústia entre pais e filhos, dos dois lados.
Pais que nasceram com pouco e fizeram história com o que tinham e não necessariamente o que queriam.
Filhos que nasceram com muito e tem a oportunidade de fazer o que quiserem, mas não sabem o que querem.
Duas gerações muito diferentes e com discursos muito eloquentes.
Nesse momento vem a mente a imagem do se eu fosse o outro e:
Nascesse na pele dele, com a história dele, eu pensaria como ele, sentiria como ele e AGIRIA com ele.
Faz sentido a angústia dos pais para os pais.
Faz sentido a angústia dos filhos para os filhos.
Não há dialogo em família se não partimos do pressuposto que todos querem o bem.
Eis que surge a questão.
E aí?
Pois é. Não sei.
Mas lhe proponho uma dor de cabeça para você (Seja pai, mãe, filho)
Para mim, em ambos os lados da história ninguém é ensinado a como dar vida aos seus sonhos, seus desejos.
De um lado, temos pais que pularam na vida o capítulo EU.
De outro lado, temos filhos que não pularam o capítulo, mas também não tem referência de como seguir isso.
O que aconteceria se ambos começassem a ouvir o que gostam? Se permitissem se dar a chance de descobrir, se pudessem inverter a pirâmide de prioridades, como seriam esse relacionamentos?
Eu não sei. Pois bem, faço a minha parte.