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  • Foto do escritorBruno Souza

Fragmentado


Hoje quero falar sobre a maldição da liberdade.


Como assim?


Soa bem estranho, mas é bem simples na verdade. Como tudo que nos faz bem deve ser.


Nós nascemos com um vazio, um buraco dentro de nós. Algo como uma fome insaciável, ou uma rachadura na parede que tampamos com um quadro.


Que horror! Pois é, mas sabe o que aprendi?


Ainda bem que temos essa fissura!


Sabem quem não tem isso? O poste.


Sabe o que o post não tem também?


Livre-arbítrio.


O poste não pode ir ao mercado fazer comprar para ver um filme de noite.

O poste não acorda cedo para trabalhar e vai cansado pegar condução.

O poste não se preocupa com sua menstruação atrasada.

O poste não se questiona sobre sua existência e coisas da vida.


Isso tudo porque o poste não tem esse vazio. Ele é completo, não falta nada em sua existência.


Diferentes de quem?


Nós!


Não possuímos uma essência pronta. Não viemos ao mundo com um sentido e, portanto nos questionamos.


Apenas com a busca por nosso propósito é que começamos a ver com cores essa nossa fissura.


Estamos condenados à liberdade. A questão que fica é:


Vemos essa liberdade como algo que nos limita e que para sempre seremos rachados e isso me impede de viver?


Ou


Vemos essa liberdade como possibilidade de escolha, de que podemos ser quem quisermos e fazer nossa vida valer a pena.


Não posso negar, estamos realmente condenados...


Mas ao que?

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